.tay lunar. coleciona memórias em forma de imagens. odeia aranhas, ama margaridas. sagitariana.
eu sou quem sou. e quem eu sou? uma mistura muito doida de várias vivências, algumas cicatrizes — físicas e/ou emocionais. traumas costurados numa colcha de retalhos, que rasgam, se destraçam e destroem. eles me destroem. e me revivem. porque também sou isso: destruição em massa acontecendo todos os dias e me matando aos poucos. a cada matança acontecida, o sangue derramado nas lágrimas que insisto em chorar, eu renasço. ressuscito. plutão em escorpião e na casa 8. sou feita de um tecido que pega fogo e se reconstrói, queimado. toda em chamas, sou doida por água pelo medo de me queimar (mais). vivo na água: ela revive, lava e leva todas as mazelas desse corpo ironicamente cansado e com energia de sobra. me movimento e entendo: não caibo em mim. meus braços e dedos estão em constante agitação e, se não eles, minha mente permeia por lugares que, honestamente, nem eu sei se quero estar. fico inquieta, à procura de um corpo que me caiba, me sirva, até entender que a expansão é real e, se não caibo em mim, crio personas que caibam esses pequenos fragmentos, tão distintos e íntimos. sou todas elas.